A minha vida tá mole.
Sem ossos.
Sou só um monte mole de alguma coisa que sobrou do que um dia foi gente.
Agora que coisas se encerraram e tão se encerrando.
Agora que as coisas deveriam começar a começar.
Agora que eu tinha tudo pra estar feliz.
Eu só me arrasto.
Molemente.
E passo os dias a vê-los passar.
Passo todos os meus minutos sentindo os braços pesados e as pernas bambas.
Meu travesseiro é meu lugar preferido no mundo.
Ver pessoas e ser obrigada a me esforçar pra tratar elas de qualquer jeito que seja é um suplício.
Só queria ficar de molho dentro de uma xícara de chá.
Ou dormir no meu sofá cama.
Ou me isolar numa bolha de silêncio.
E a culpa não é de ninguém.
Não tem ninguém me fazendo nada agora.
A não ser eu mesma.
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