quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Essas letras

Todo mundo sabe que quando eu entrei pra universidade eu queria fazer artes ou design. Mas me chamaram primeiro pra letras e eu optei por fazer a matrícula. O engraçado é que depois me chamaram pra artes, mas eu não quis tentar me desmatricular das letras e fazer a matrícula nas artes, pensei que deixava pra depois, pedia reopção, fazia o vestibular de novo, enfim.
Eu contava os dias pra pedir reopção, chegava em casa e não sabia o que fazer pra sair do curso. Acabei trancando duas disciplinas (e, por acaso, é por isso que vou atrasar minha formação em um ano). Quando chegou o período de reopção, o curso tinha me amaciado com batedor de bife e eu não queria mais ir embora. Tive ainda uns três semestres de crise existencial por não ter pedido reopção, mas no fim eu sempre resolvia ficar.
Esses tempos minha tia me perguntou se eu não pensava mais em ir pras artes. Não. Sosseguei a bunda na cadeira agora. Não quero sair da Federal sem ter terminado esse curso. E eu não me imagino fazendo mais nada. Parece que as letras e eu nascemos uma para a outra.
Esse curso dos inferno me ensinou a ler, e ler diferente, ler loucamente. Eu não tinha o hábito da leitura até, mais ou menos, os treze anos, e quando comecei, lia coisas não muito bem cotadas - não, eu não me arrependo. Mas os caras me fizeram ver coisas que, meu deus, eu nunca imaginaria. Além de que o curso é um formador identitário. Eu venho me formando como pessoa ao mesmo tempo que entendo as pessoas.
Enfim, é lindo. Só o que eu sei é que eu não posso, e não quero, nunca me desligar do universo das letras.
Maristela, Aulus e Imgart, vocês são mais que exemplos, vocês são objetivos pra mim.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

E-mail pro Papai Noel

Ser criança é foda porque a gente não pode dar presente de natal porque a gente não tem salário.
Comecei hoje a encomendar os presentes de Natal. Eu sei que parece cedo, mas só assim eu vou conseguir dar o que eu quiser pra quem eu quiser.
Tô me sentido gente grande.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Sim, eu gastei quase todo o meu salário em três dias. Se eu tô arrependida? Bem capaz.
Trabalhei quase dois meses antes de receber, se eu não puder converter dinheiro em coisas legais, não tem porque eu trabalhar. Eu sei que um dia eu vou precisar sustentar uma casa, mas enquanto eu não tenho, é melhor que eu aproveite.

O que ia ser mais legal no fim das contas?
600 reais guardadinhos no banco OU um violão, 9 livros novos e mais umas bugigangas?

terça-feira, 8 de julho de 2014

A mudança tem que começar dentro da gente.
Tô de saco cheio de gente querendo um mundo melhor e jogando o papelzinho da bala no chão.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Como agora eu sou monitora e ganho pra trabalhar nisso, tava pensando em comprar uma câmera massa pra fazer umas fotos melhores e tal. Mas repensei. Não quero voltar a assistir a vida em quatro polegadas.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Meus olhinhos cinzentos

Eu tava apaixonada por aqueles olhos cinzentos.
Ainda ontem, tinha ido em uma papelaria e visto um gatinho estampado em caderno, igual à ela. Não, igual, não: não chegava aos pés dela, mas lembrava.
Desde domingo, tô que faço tudo pela metade. Metade fazendo o que tem que se fazer, metade pensando nela.
Eu sei que eu tenho o coração mole, mas esse bichinho me cativou pra caramba em quase nada de tempo. Cativou todo mundo, pra falar a verdade.
Eu vou sentir tanta saudade daquelas patinhas peludas, das tentativas de pulo de cima da cama, das sonecas no edredom do tio Juan. Nem deu tempo de comprar aquela whiskas, nem de fazer a colchinha de tricô que eu tinha prometido. Eu achei que ia ser pra sempre.
Eu não acredito em céus nem nada desse tipo, mas eu desejo profundamente, todos os dias, que existam, e que a essa hora a minha Amorinha teja tirando um cochilo bem quentinho em uma nuvem lá no Céu dos Gatinhos.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Será que dentro da beleia a vida é TÃO mais fácil, hein Mestre Jonas?

Porque se for... to me mudando.


Será que dentro da baleia dá pra fazer bolo de cenoura?

quarta-feira, 12 de março de 2014

Não importa mais como.
Acabou.
Eu não quero mais ter medo.
Não importa mais como.
Eu vou passar por cima disso.
Eu quero viver em paz.
Não importa se ateísmo, espiritismo ou faxina.
Isso tem que passar.
E vai.
Se não passar eu vou correr ele a vassourada.

Je n'aurai plus peur. Je serai forte. J'ai besoin.