quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O fim

A gente tem mania de dizer que porque acabou, não deu certo. Mas não é assim. Deu certo por um bom tempo (eu sei que não andava dando certo há bastante tempo, mas a gente não pode reclamar das coisas desse jeito).
E daí um dia a gente tem a incrível ideia de se arrepender de tudo. E te digo, agora muito mais madura, que não me arrependo, e que se arrepender é uma puta infantilidade.
Me arrepender de tudo que aconteceu é como me arrepender de mim. Porque tudo que aconteceu contribuiu pra eu ser o que eu sou hoje. Qualquer uma das minhas experiências, se retirada de mim, me tornaria outra pessoa (e viva o Bakhtin!).
Nesse tempo eu perdi muita gente e não existe nada que eu pense mais do que isso, de como eu fui estúpida. Mas ao mesmo tempo eu conheci tanta gente, tanta coisa.
Coisas como ter entrado pras letras, nunca teriam acontecido. Assim como eu não teria estudado francês (Je ne l'aurais pas étudié! aprendi hahaha). Eu não teria conhecido a louca da Isabella, nem a Mariza, nem a Maristela e aquela literatura maravilhosa, nem a Ana Maria e nem o Deividi (que nos entende como a gente é, aloprados). Eu não teria conhecido o Aulus, o professor mais incrível desse mundo! Eu não teria feito teoria do conto, e não conheceria o Cortázar nem o Borges.
Além de que eu não conheceria nem a Luiza, nem o Adriano, nem a Marília, nem o Éberson (e por conseguinte, nunca teria lido Valter Hugo Mãe).
E eu também nunca teria conhecido os melhores arrastadores de pessoa pro bar: a Iria e o Pc. Gente, isso ia tá tão errado!
Não teria conhecido a Gabi e a Kathleen, e a gente nunca ia ter se trocado contos. Nem o Tainam e a Yasmin.
Não teria conhecido a Ru! Como assim? Isso não pode tá certo! Como eu poderia me arrepender de ter feito o que me fez conhecer ela? Nem a Alê, nem a Gil, nem o César.
Eu não seria professora, não teria tido minhas três turmas de francês. Eu sei que eu sou preguiçosa e fico reclamando de barriga cheia, mas não tem nada que me realize mais que dar aula. Imagina não ter conhecido essas setenta pessoas? SETENTA PESSOAS PASSARAM PELAS MINHAS MÃOS DE PROFESSORA! Eles me mostram que eu sou competente no que eu faço. Eu sou orgulhosa de todos e cada um, especialmente.
Não conheceria a louca da Júlia, nem a Sylvia e a Luiza. Nem o Jocar! Meu Deus.
E eu não conheceria o Péc, nem o Jeff, nem o Bugs, nem a Ana, nem a Gabi! E NEM O VARENYKY! Eu nunca teria comido bacon. Meu deus! Bacon! Eu devo o bacon ao Jeff! E purê de batata com queijo hahahaha

Nos falta gratidão nesse tipo de situação, pra ver tudo de bom que aconteceu.
Nos falta a leitura da Minli, pra gente ver o que realmente importa.

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